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Blog do Franco

  • Barata voa.

    dezembro 30th, 2025

    O dia de ontem começou com a jornalista de O Globo, uma lavajatista de carteirinha, mudando a versão inicial quando acusou o ministro Moraes de pressionar o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, para liberar a compra do Banco Master pelo BDF. A suposta pressão teria ocorrido antes da negativa oficial do BC, que acabou acontecendo, assim como a liquidação.

    A jornalista passou a chamar de pedido o que antes era pressão, supostamente na frente de seis testemunhas. E continua devendo explicações, pois não diz o que exatamente Moraes teria pedido ao BC — o que, por si só, já seria absurdo.

    Mas a coisa andou, porque, na noite de ontem, o banqueiro André Esteves, tido e havido como uma das fontes da tal pressão, informou que não era ele a fonte, que não tem nada contra Moraes e que isso não ajuda o Brasil.

    Assim, a jornalista, que saiu de fininho, agora precisa correr, porque, sem fonte, sem história e sem credibilidade, ainda corre o risco de levar um processo nas costas.

    Merecido, diga-se.

    A tal acareação esdrúxula proposta por Toffoli no processo que investiga a liquidação do Banco Master subiu no telhado. As oitivas na PF estão mantidas para Vorcaro, o ex-presidente do BDF e o diretor do BC, de forma separada, como convém.

    A oposição tentou interromper o recesso parlamentar ontem, sem sucesso. Queriam abrir um impeachment do ministro Moraes sem motivo, sem fatos, sem lastro, uma vez que a jornalista mudou sua versão e a PGR sequer abriu investigação sobre o contrato da esposa com o Master, que teria como base a reportagem, por falta de elementos:

    “O noticiário citado [no pedido de investigação] não ostenta densidade suficiente para mobilizar o aparato da Procuradoria-Geral da República.”

    A PGR ainda afirmou que o contrato era legal, um acordo firmado entre terceiros, sem indícios de crimes ou fraudes. Não é da conta de ninguém.

    Sobraram quem e o quê dessa história?

    Talvez a fala da Carol Proner em artigo sobre a acusação da jornalista lavajatista contra Moraes: ” suspeitamos porque temos memória!”

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  • De “pressionou” a “pediu”: pediu o quê?

    dezembro 29th, 2025

    Reproduzo acima parte da coluna da jornalista Malu Gaspar de hoje, no O Globo. Observe que, depois de afirmar, alegando seis fontes, que o ministro do STF Alexandre Moraes fez “pressão” sobre o presidente do BC, Gabriel Galípolo, para aprovar a fusão do banco Master, de Vorcaro, com o BDB, agora muda para “pediu” não se sabe exatamente o quê ao presidente do BC, durante uma reunião em julho e, aparentemente, na frente de muita gente. Ou alguém entre esses andou falando demais, ou a jornalista ouviu demais.

    Vale uma cronologia resumida: em março, o BDB (Banco de Brasília) anuncia que comprou o banco Master. Em julho, ocorre a tal reunião no STF (Moraes já disse que nunca foi ao BC) sobre as sanções do governo dos EUA bloqueando o acesso ao sistema bancário do ministro. Em setembro, o BC anula a compra do Master pelo BDB. Em novembro, o BC liquida o banco Master por fraude bancária de 12 bilhões em títulos falsos e rombo estimado em 50 bilhões no caixa da instituição.

    Aí vem a jornalista e revela o contrato milionário da banca de advogados liderada pela esposa do ministro e o acusa de praticar advocacia administrativa (lobby) a favor do Master.

    A marcha à ré da jornalista era mais do que previsível, uma vez que não conseguiu sustentar a acusação por falta de provas.

    Na sequência tentaram incluir a PF, tentaram incluir o Lula, tentaram de tudo e saem agora para cima do ministro Toffoli, esse sim cheio de rolos na apuração desse caso.

    O que, apesar da apuração estranha de Toffoli, não vai reverter o estado atual de liquidação do banco de Vorcaro.

    A tal acareação entre Master, BC e Banco de Brasília, marcada para amanhã no STF, vai ocorrer, mas retiraram a “pressão” sobre o BC ao explicar que o diretor chamado para participar não é investigado.

    Sobrou o tal contrato milionário da esposa, que não foi negado por ninguém, o que, para mim, não deixa nenhuma dúvida de sua validade e existência. Mais: a família Moraes comprou, em setembro, uma casa em Brasília por R$12 milhões, mostrando que também não estão escondendo a prosperidade que experimentam atualmente.

    O que não é crime, diga-se o que quiser. São os príncipes e princesas da República aproveitando oportunidades para empreender.

    O assunto, que estava na base, só requenta dia sim e no outro também, até por falta de assunto nesse período de férias, e segue ladeira abaixo para o esquecimento.

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  • Chegou na meta. Por quê?

    dezembro 29th, 2025

    Lembrando que a inflação de alimentos chegou a bater 16,17% anuais e a inflação geral rondava os 10% no início de 2025, o ajuste monetário, que nos custou um trilhão, deu resultado: inflação anual de 4,3% e inflação anual de alimentos em 1,3%

    Repito: as altíssimas taxas de juros praticadas pelo Banco Central não foram por acaso; visavam exatamente combater a carestia, sobretudo no preço dos alimentos. E, nesse aspecto crucial, objetivo e de interesse geral, foi vitoriosa. Ponto.

    Leia : “

    O freio dos juros na economia reduziu o crescimento anual em 1%, mas não afetou o nível de emprego nem o das rendas, que seguem em seus máximos.

    A sensação geral de queda nos preços dos alimentos foi sentida, embora alguns itens de primeira necessidade, como carnes, queijos e café, tenham permanecido caros, refletindo aspectos próprios das commodities que são.

    E trazem outros benefícios em termos de comércio mundial, junto à soja, milho, minério de ferro e petróleo e seus derivados. O Brasil promove superávit de conta no comércio mundial como fornecedor de petróleo e derivados, coisa relativamente recente e decisiva. Coisa do pré-sal e da futura margem equatorial no horizonte.

    Ano de aprovar a escala 6×1, PEC da segurança e iniciar a discussão sobre ônibus gratuito para todos. O Brasil tem pressa por soluções coletivas que empurrem nossa população para driblar limitações de ganho de produtividade de um trabalho muito artesanal e primário em grande parte. O setor de serviços funciona como nas economias modernas mundo afora, mas com salários muito abaixo da média mundial, e compensações como tarifas de ônibus grátis fazem a diferença.

    Entrada de 85 bilhões por conta do aumento do salário mínimo na economia e mais 25 bilhões da isenção do IR garantem, por si só, cerca de 0,5% de crescimento no PIB. E depois a gente se pergunta por que cresce o país.

    Quanto à inflação, 2026 vai ser o ano em que começaremos a desmamar dos juros estratosféricos e rumar para 5% real e saudável de juros reais até o fim do próximo mandato do presidente Lula. Evidente que temos uma montanha para descer, e seguir controlando as expectativas fiscais a partir de agora é a variável crucial, uma vez que a âncora cambial fez a sua parte e precisa ser gradativamente substituída pela confiança no rumo fiscal do Brasil para a inflação seguir controlada.

    Durante o ano vamos falar muito de eleição e saídas fiscais para o Brasil avançar.

    Mas fica o registro da eficácia do plano do Banco Central, que rapidamente controlou as expectativas de inflação sem comprometer o crescimento do PIB e sem derrubar a arrecadação segurando demais a economia. Seguimos batendo recordes de arrecadação e crescendo dentro das médias mundiais, embora com modestos 2,3% ao ano.

    Juros devem cair a partir de março, e não em janeiro, mas vou alimentar a ideia de que virá redução inicial de 0,5% e não somente 0,25%, como costumam fazer.

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  • Inventário 2025 e um pouco de 2026.

    dezembro 28th, 2025

    Fim de ano é hora de fazer levantamento do estoque, fechar a contabilidade e avaliar lucros e prejuízos.

    Sobre a candidatura Flávio, e a absoluta decisão de não ceder espaço nas próprias fileiras do fascismo nacional para terceiros sem o sobrenome Bolsonaro — no sangue, bem entendido — acertamos.

    Sobre a queda da inflação para o teto da meta, justificando o sacrifício dos juros altos pelo nosso BC, o que garantiu a queda dos preços dos alimentos e permitiu a recuperação da popularidade do presidente Lula e de seu governo, acertamos.

    Sobre o fracasso do governo Milei e do velho plano de recessão para controle da inflação com aumento da miséria, desemprego e fome — acertamos —, mas não no fato de que, mesmo assim, o povo de lá, certamente por conta da queda acentuada da inflação, aumentou a aposta no governo Milei e, com a nova composição do Congresso, acabou de aprovar pela primeira vez o próprio orçamento para 2026, inteiramente construído dentro da visão de destruição planejada e defendida até aqui por aquelas bandas, que promete aprofundar a crise econômica e humanitária. No que antecipamos piores prognósticos e uma rebordosa de crises imprevisíveis no vizinho para 2026.

    Sobre a estagflação nos EUA e o dólar afundando — mais ou menos —, porque seguem com problemas de alto desemprego, mas o alívio das tarifas desarmou a bomba inflacionária, deixou a situação por lá indefinida, e a próxima sequência de queda dos juros, assim que trocarem o presidente do banco central, pode desencadear perda de capacidade de financiamento da dívida pública e piorar o funcionamento não só do mercado interno como do mundo todo. Ainda mais sem um euro forte para compensar e diante da dificuldade do Ocidente de incorporar a China como parceiro confiável. Então o prognóstico para os EUA segue mais ou menos o anterior: adiadas as consequências do desajuste improvisado do trumpismo, mas que virá.

    O Brasil caminha para reeleger o presidente Lula, por estreita margem, no primeiro ou no segundo turno, mantidas as condições atuais, que podem mudar, mas tendem a favorecer o atual mandato. O que nos deixa em dúvida é a composição do Congresso, onde imagino uma melhora nos números da centro-esquerda, sem alterar muito o atual domínio dos conservadores.

    O partido do bolsonarismo deve diminuir, fragmentar e, depois das eleições, não ser mais o mesmo. Mas não desaparece ainda. A direita vai tentar se reconstruir para 2030 e, para isso, precisa de Tarcísio crescendo e do bolsonarismo diminuindo. Nisso apostarão todas as fichas no pós-2026, com PIG, Faria Lima, centrão e evangélicos alinhados na construção de um adversário para o PT.

    Que, por sua vez, fará o mesmo movimento de viabilizar, novo nome , entre Boulos, Haddad ou Camilo.

    Aproveitem até 2030, tenho repetido, porque depois só Deus sabe. Até lá, o horizonte está definido e as oportunidades estão abertas, o Brasil continua soberano, em crescimento sustentável e acelerando.

    Nosso blog manteve o alcance; esperávamos crescer, mas me sinto ainda um aprendiz por aqui e trabalho a médio e longo prazo. Então seguimos em 2026, contando com a companhia de todos vocês.

    Aquele abraço e próspero 2026!

    Para todos nós.

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  • O triplex do Xandão.

    dezembro 25th, 2025

    Observe a coluna de hoje da jornalista Malu Gaspar, no jornal O Globo, que foi quem iniciou essa onda contra o ministro Alexandre Moraes, do STF, a partir de afirmações provenientes de fontes em off — que depois ficamos sabendo que eram banqueiros — acusando o ministro de advocacia administrativa criminosa junto ao Banco Central, visando à aprovação da compra do Banco Master, de Daniel Vorcaro, pelo banco BRB, do Distrito Federal. A partir daí, silenciou, após as negativas de Moraes e de Galípolo.

    Quem apareceu em seguida foi Mônica Bergamo, do UOL, tentando incluir a Polícia Federal no rolo das pressões, mas também o superintendente do órgão negou ingerências de Moraes sobre o caso.

    Mais silêncio, e hoje reaparece a acusadora mor com nova coluna, na qual fala de tudo, menos de Moraes.

    A meu ver, jogou a toalha e muda de assunto.

    Somado ao fato que acabou de ocorrer no hospital de Brasília, com o filho 01, Flávio, lendo a carta do pai confirmando seu nome como o escolhido para a disputa presidencial em 2026, o cenário muda, e alguns personagens que andam dando uns pulos por aí vão mudar de atitude.

    Primeiro, a esposa, aquela que foi candidata sem ter sido.

    Segundo, os entusiastas do plano T, de Tarcísio: acabou.

    E aqui está o ponto central dessa armação contra Moraes diretamente e Gabriel Galípolo indiretamente.

    O fato de a colunista de O Globo invocar a Lava Jato em sua coluna de hoje não é somente saudosismo — ela, que foi uma das principais porta-vozes da armação ilimitada daquele grupo de bandidos travestidos de promotores e juízes. Ao invocar o passado, tenta fazer um paralelo entre acusações a personagens atuais e aquelas da Lava Jato, para apontar as consequências possíveis das novas acusações. Onde se equivoca inteiramente, mas nos permite fazer o mesmo paralelo, porque tudo aquilo que chamaram de Operação Lava Jato não passou de uma farsa. E entre suas consequências — além do fascismo a ser enfrentado — podemos destacar a desmoralização do juiz e dos dois promotores envolvidos na trama. E dos jornalistas também, que não por acaso não se conformam, não reconhecem os erros e preferem incorrer em novas mentiras para seguir na busca de derrotar o projeto nacional-popular vitorioso em 2022 e a caminho de nova vitória em 2026.

    Eu via dois objetivos nessa nova investida do mesmo grupo lavajatista da imprensa: usar a vingança de Vorcaro contra Moraes e sua família — afinal, ele certamente imaginou que estava comprando proteção ao assinar aquele contrato milionário com a esposa do ministro — e a vingança dos bancos contra o Banco Central de Galípolo, que barrou a compra do Master pelo BRB, obrigando o Fundo Garantidor a cobrir o rombo de 50 bilhões do banco falido. Difícil imaginar que a banca privada engoliria um prejuízo desse tamanho sem buscar culpados e punição.

    Esses, para mim, seriam os principais motivos da atual situação, que mudou a partir da leitura da carta de Bolsonaro confirmando o filho Flávio.

    Porque, entre outras coisas, na vingança o que se tentava era a volta de Tarcísio e do plano T, no meio da desmoralização de Moraes e do STF, dando abertura para o bolsonarismo refazer as contas e rever a candidatura solo da família.

    Não era somente uma operação de vingança. Seguramente Vorcaro é uma das fontes da colunista de O Globo e quer, sim, se vingar e tentar se salvar. Mas o outro personagem contado como fonte seria o banqueiro André Esteves do banco BTG, e esse teria, além da vingança pelo prejuízo, razões políticas para apoiar Tarcísio e viu oportunidade de tentar embaralhar o jogo antes que o bolsonarismo desse sua cartada final com a declaração pessoal do chefe confirmando o filho como herdeiro.

    O que acabou de acontecer.

    Então a vingança perde seu objeto, por assim dizer; interesses laterais perdem força diante dos fatos, e prevalece derrotar Lula. Para isso, naturalmente, Flávio vai se impor; vão buscar se ajeitar a ele e, entre outras prioridades, negociar um bolsonarismo mais equilibrado é essencial para diminuir a rejeição ao sobrenome, sem o que a candidatura não decola.

    Aposto que essa trama se esvai, o “duplex do Moraes” não ganha corpo e a campanha eleitoral assume a frente dos interesses.

    Os jornalistas envolvidos saem de banda; o escândalo Master está nas mãos de Toffoli, que não é exatamente um personagem maior e pode amenizar aqui e ali, sem deixar de manter a liquidação do banco definitivamente.

    E o ano de 2026 finalmente chega com tudo.

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  • Príncipes da República e o escândalo (?) envolvendo o ministro Moraes.

    dezembro 23rd, 2025

    Fim de ano e escassez de notícias, com Congresso e Judiciário em recesso, a maioria das pessoas comemorando Natal, Ano Novo e férias, costuma provocar o fenômeno dos escândalos.

    Fabricados, bem entendido.

    O último, servido na praça, envolvendo o ministro Moraes pressionando o presidente Gabriel Galípolo, do Banco Central, para liberar a compra do Banco Master pelo Banco de Brasília, segue no noticiário sem acrescentar nenhuma evidência ou alguma fala que não seja em off.

    Perceba que cabe ao jornalista e ao jornalismo confirmar o que escreve, e manter afirmações em off tanto serve para proteger fontes como para distorcer falas e fatos, que precisam ser confirmados.

    A origem da notícia é uma jornalista ligada à Lava Jato e a militares, desmoralizada por sua defesa do tribunal de exceção do Paraná e sempre porta-voz do golpismo da caserna. Então, todo cuidado é pouco para levar a sério mais essa tentativa de desmoralizar o ministro Moraes, nessa hora crucial, e levar com ele o STF, nosso bastião na defesa da democracia e no enfrentamento do fascismo.

    A avaliação dos envolvidos no escândalo, tanto Moraes quanto Galípolo, da trama para salvar o banco da falência, não mereceu desmentido oficial, surgindo outro tipo de explicação em off, ao menos de Galípolo, dizendo que seus encontros recentes com Moraes, a pedido do ministro, foram para esclarecer situações envolvendo as sanções dos EUA contra o ministro, que envolviam restrições das atividades bancárias, com riscos para as instituições brasileiras, como todos sabemos.

    Por parte de Moraes, nem em off ficamos sabendo de nada.

    Então estamos com as repercussões do escândalo como uma sombra de fundo, por conta de um contrato extraordinário do Banco Master com a esposa do ministro Moraes — de milhões de reais e desembolso mensal de 3,2 milhões de reais — que também não foi desmentido pelo casal envolvido.

    Os príncipes de Brasília, da República Brasileira, precisam entender que têm que tomar muito cuidado com o que fazem, com o que lidam, com os interesses que defendem. O preço do poder que exercem e da influência é enorme, tanto para fazer o certo quanto o errado.

    Não estão livres para fazer o que lhes der na telha, e esse contrato do escritório da esposa de Moraes com o Banco Master, honesto ou desonesto, envolvendo milhões, é o tipo de coisa mal explicada que deixa aberto o flanco para todo tipo de ilação, acusação e ataques.

    E se tem alguma coisa errada, que seja trazida ao conhecimento e não fique nessa zona de sombras em off, de origem mais suspeita impossível.

    Ficamos assim. Gabriel Galípolo deu sua versão, em off, porque foi envolvido em off e devolveu na mesma moeda. A esposa de Moraes não desmentiu o tal contrato milionário com o banco falido, o que supõe ser verdadeiro o fato. Moraes não respondeu o off da acusação de que atuou para viabilizar a venda do banco, e aqui eu dou crédito ao ministro, porque quem fez a afirmação não merece minha confiança.

    Mas aos príncipes de Brasília fica sempre a máxima: devem não somente ser honestos, mas parecer honestos.

    Sempre.

    E, de repente, o caso Master que era um escândalo do entorno bolsonarista e do centrão, que seriam os próximos ao ex proprietário do Banco, passa a ser do Banco Central do governo Lula e do STF do Moraes.

    Então, todo cuidado é pouco.

    Ps,: nessa terça de manhã o Ministro Moraes rompe o silêncio :

    Ps2: e logo em seguida :

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  • Sim, polarizados. E do lado certo

    dezembro 22nd, 2025

    Não se trata de Tarcísio e Plano “T”, nem ratinhos, zemas ou caiados. Estamos tratando de bolsonaros e da polarização da extrema direita contra a esquerda e o centro-esquerda. E de um centro dividido e sem candidato.

    O esforço para inviabilizar a candidatura de Flávio permanece em alta e deve seguir por aí até meados do próximo ano, quando desistem e passam a apoiar a tese da “escolha difícil” entre Lula e seu opositor.

    Nas pesquisas, o favoritismo do atual presidente segue firme, precisando conquistar pouco mais de 1% para sacramentar a vitória no primeiro turno. Como as abstenções têm aumentado a cada pleito, podemos imaginar o quanto isso pode favorecer quem está na frente, e pode estar aí a chave para a vitória de início. Porque, embora 1% pareça ser pouco para ser conquistado, e se por um lado Lula mostra liderança firme, também parece atingir um teto de votos que vem desde 2022, quando obteve cerca de 48,5% dos votos no primeiro turno.

    E como aparenta seguir na mesma quantidade atualmente, apesar de colher um sucesso importante nesse fim de ano — não somente econômico, mas social e internacional — praticamente nada refletiu na popularidade, até provocando, por parte do presidente, queixas aos ministros, exigindo maior visibilidade, divulgação de feitos e participação no esforço de mostrar aos indecisos a importância de seguirmos com o projeto atual.

    Corretamente, atribui a dificuldade ao ambiente de divisão social, que, se por um lado permite assegurar a vitória, deixa margem para a eleição de um Congresso muito dividido, para dizer o mínimo. Porque, se aprovam os principais projetos do governo — e acolheram — seguem nas pautas populistas da direita, contra o meio ambiente e minorias, e sustentam os discursos de ódio.

    O quanto é importante para uma disputa escolher seu projeto e ter um adversário contrário e bem identificado, o que facilita a definição do eleitor. Quando tentam jogar com nomes pouco conhecidos e nas sombras da indefinição, podem colher ventos inesperados e de difícil contenção, como tantas vezes assistimos no passado.

    Por isso a resistência ao nome do Flávio e ao sobrenome, por isso um certo desespero da direita com a disputa onde a preferência está marcada. Sim, preferência não é resultado, mas encaminha uma série de acordos partidários que refletem essas expectativas e equilibram a disputa no Congresso, onde precisamos melhorar a representação.

    Fechamos o ano em bom momento, confiantes, otimistas sem exagero e mais espertos.

    Foram tantas bolas nas costas com os meios digitais, as mentiras e os discursos de ódio, que parece que melhoramos muito na lida com esse embate e sua divulgação instantânea e perigosíssima.

    Vamos para uma disputa duríssima, mas confiantes e mais preparados.

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  • O significado político da entrevista do ex-presidente na prisão.

    dezembro 20th, 2025

    No próximo dia 23 está agendada uma entrevista com o ex-presidente Bolsonaro, agora preso, com o site de notícias Metrópoles, quando se espera que, entre bravatas e mentiras contumazes, ocorra a confirmação, de viva voz, da escolha do filho Flávio 01 como seu indicado para concorrer à Presidência.

    Para desespero de muita gente que está fazendo de tudo para, no mínimo, adiar, senão desagendar de vez, a tal entrevista.

    E repare que entre aqueles que querem o adiamento está a esposa Michelle, a mesma que, semana passada, quando Flávio anunciou sua candidatura, antecipou apoio imediatamente.

    A esposa alega momento de fragilidade que pode comprometer a imagem do marido, se exposto, mas falta combinar com os filhos, por exemplo o Carlos, que semana passada publicou foto do pai dormindo e soluçando sem parar, e o outro, Eduardo, lá dos EUA, que fala que o pai está para morrer todos os dias.

    E finge ignorar o histórico das inúmeras internações que insistiram em compartilhar com todos, com imagens, vídeos, todos constrangedores, ridículos e visando manipular.

    Mas quem mais está desesperado com a entrevista, por ela significar o tiro de misericórdia na já moribunda candidatura de Tarcísio de Freitas, o tal do Plano “T” do Centrão e da Faria Lima, é a imprensa golpista, o famoso PIG.

    Um enxame de analistas, colunistas e chamadas em portais, jornais e Tvs , insistem em tentar adiar o anúncio que se avizinha com a entrevista, alegando toda sorte de dificuldades e fragilidades.

    Até o momento não temos nenhum indicativo de que terão sucesso, e a Flávio e a quem o indicou, até onde se sabe, interessa afirmar, reafirmar e confirmar, para a maior quantidade possível de pessoas e o mais rápido possível, a escolha, para que seja definitiva.

    Porque, de fato, ela é.

    A tentativa de manipular o preso e sua vontade é a batalha de vida e morte dos viúvos da candidatura Tarcísio, que tem dia marcado para morrer.

    A ver como isso acontece. Ou não acontece, com distintas leituras.

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  • Cuidados com a criminalização da política.

    dezembro 19th, 2025

    Uma coisa é uma coisa e outra coisa etc.

    Acordamos com mais uma operação da PF contra deputados federais envolvidos com roubo de recursos públicos. Não faz sentido chamar de desvios o que é roubo. No caso de hoje, entre uma sequência das últimas semanas, envolve o líder do partido PL, Sóstenes Cavalcante, que, além de tudo, representa a ala dos religiosos evangélicos do fascismo no bolsonarismo. E é o porta-voz, para não dizer o amarra-cachorro, do líder evangélico Silas Malafaia.

    Não por acaso deixaram para a véspera do recesso parlamentar mexer nesse vespeiro. Não por acaso divulgaram foto de dinheiro vivo encontrado na residência de Sóstenes: cerca de R$ 500.000,00, o que dispensa explicações.

    A investigação tem um ano, iniciou com os auxiliares do deputado Sóstenes, até chegarem à busca e apreensão de hoje.

    Então é preciso duas coisas de nossa parte daqui para frente.

    Fica claro que todo o apavoro dos deputados nos últimos meses com as investigações do ministro Dino e as notícias de que dezenas de deputados estão sendo investigados por falcatruas na liberação de emendas parlamentares são fundamentados. De fato, motivos para preocupações não faltam e não faltarão.

    Outra coisa é adotar uma postura de desconfiança geral nos acontecimentos da política e das instituições.

    Vou exemplificar.

    A partir da fala do bolsonarista senador Alessandro Vieira, de que um acordo do STF com o governo permitiu a aprovação da dosimetria, desencadeou-se um movimento de revolta contra o governo e contra o ministro Moraes. Mesmo com ambos negando que tenham feito qualquer acordo nesse sentido, a coisa segue. A posição de Jaques Wagner, de admitir acordo para incluir na pauta a votação da dosimetria — e ele votou contra, enquanto Alessandro Vieira votou a favor — não quer dizer que estivessem apoiando a aprovação, como a votação posterior não só confirmou seu voto contrário como mostrou ampla maioria adversária à dosimetria.

    O pragmatismo pode custar caro, sem dúvidas, mas em algum momento a dosimetria seria votada no Senado, como foi na Câmara, e, na hipótese de simplesmente ficar na posição de negação, isso não iria resolver nada diante da maioria adversária. E ainda ficaríamos sem os R$ 20 bilhões dos impostos sobre bets e fintechs, que foram aprovados na mesma pauta.

    Sobre o futuro da dosimetria, eu já escrevi em posts anteriores. Mas sobre a criminalização da política é sempre bom alertar, porque, como em todas as atividades, existem os bons e os maus. E é sempre importante separar uns dos outros.

    No caso do presidente Lula dizer que não teve e não tem acordo para aprovar a dosimetria, eu acredito.

    No caso do ministro Moraes dizer que não aceita a dosimetria, eu acredito nele.

    Lula vai vetar, o Congresso disse que vai derrubar o veto, e tudo depois vai para o STF decidir.

    E essa dosimetria vai morrer.

    E a política segue como nossa única maneira de convivência pacífica, onde prestar muita atenção em quem é quem, onde nos colocamos nesse debate e, sobretudo, na nossa crença.

  • Acordo para aprovar dosimetria?

    dezembro 18th, 2025

    Não houve acordo para aprovar a dosimetria, mas sim para incluir na pauta de votação — a última do ano — a cobrança de impostos sobre Bets e Fintechs, arrecadando cerca de R$ 20 bilhões para fechar o orçamento de 2026.

    A fala do senador e líder do governo, Jaques Wagner, assumindo o acordo para a pauta, deu-se em reação ao esperneio de Renan, inconformado com o encaminhamento da votação. O que Renan queria era adiar o assunto, mas o resultado mostrou uma maioria firme para apoiar a matéria e virar a página, porque foi exatamente isso que fizeram, tanto a Câmara quanto o Senado.

    Sentar em cima da matéria só prolongaria a discussão, que agora se desloca para o veto do presidente Lula e para mais um enorme desgaste dos congressistas que irão — porque já avisaram — derrubar o veto, assumindo, em ano eleitoral, uma disposição de afronta à maioria da população. Se bem que cerca de 40% apoiam a anistia, e é para esse público que essas iniciativas são dirigidas.

    Se a manobra do senador Wagner está sendo usada para atacar Lula, o PT e o governo, mesmo com toda a bancada do partido votando contra, como mostra a ilustração, isso faz parte do início das dores eleitorais e das distorções que a esquerda costuma engolir. O resultado na CCJ foi de 17 a 7 e, depois, no plenário, de 48 a 25. Ou seja, ampla maioria para aprovar a matéria, apesar do chororô de quem achava que dava para segurar.

    Isso não foi votado antes porque havia uma queda de braço do centrão com Bolsonaro: um não indicava o sucessor, e o outro prometia, mas não votava a redução das penas ou a anistia.

    Ficamos nisso por meses.

    Até que Senado e Câmara resolveram colocar fim na história. Sabendo que a anistia era inconstitucional, o jeito foi tentar essa dosimetria — que também me parece inconstitucional — e virar a página.

    Se há dedo de ministro do STF na lei, como andam propagando alguns senadores, não sei, mas do ministro Moraes acho improvável. E, do jeito que a lei foi formulada e depois modificada no Senado, tudo de forma ilegal, é difícil imaginar o STF nesse rolo.

    Agora é esperar para ver como ficamos. O PT recorre imediatamente do rito no Senado, que, ao modificar a lei, deveria tê-la enviado de volta à Câmara para aceitação, o que não foi feito e pode, de início, ser contestado na Justiça, como será.

    Eu preferia que se acionasse o STF na questão do mérito da lei, porque o Congresso não pode aprovar norma contra a democracia e o Estado de Direito. Não poderia amenizar a condenação de golpistas. Para termos uma ideia da gravidade, a Lei da Anistia de 1979 nunca chegou a ser julgada no STF. Deixaram a coisa para lá e viraram de costas, o que hoje será impossível de fazer.

    Então, se não agora — porque se contesta o rito e não o mérito —, depois do veto do presidente Lula vai-se contestar o mérito do que foi aprovado nas duas Casas, e o prognóstico não é favorável a manter essa Lei da Dosimetria em hipótese nenhuma.

    E, com a eleição pegando fogo, quem vai dar a cara para defender golpista, senão o bolsonarismo raiz?

    Não temos aí um cenário favorável?

    Ou deliro?

    O tempo dirá.

    Até lá, vamos ver quem será sorteado no STF para analisar essa questão do rito e se aí já não existe um gancho para o STF mandar tudo de volta ao Senado. Nesse caso, sem entrar no mérito da lei e sem promover mais confusão sobre prerrogativas entre os Poderes.

    Pode ser a saída conveniente para todos os envolvidos.

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